Planeta dos Macacos
“O Planeta dos Macacos,” lançado em 1968 e dirigido por Franklin J. Schaffner, é uma obra-prima da ficção científica, baseada no livro homônimo de Pierre Boulle. O filme cativa os espectadores com sua narrativa envolvente, temas profundos e reviravoltas marcantes.
A história gira em torno de George Taylor, interpretado por Charlton Heston, um astronauta que, após uma longa jornada espacial, aterrissa em um planeta misterioso. A surpreendente descoberta de que os habitantes dominantes são macacos inteligentes, enquanto os humanos são primitivos e submissos, cria uma atmosfera intrigante que incita reflexões sobre a natureza humana, a evolução e a sociedade.
Planeta dos Macacos tem uma qualidade de produção revolucionária na maquiagem de John Chambers, que dá vida de maneira marcante aos personagens macacos, contribuindo significativamente para a estética do filme. A atuação de Charlton Heston como protagonista é fundamental para transmitir emoções e estabelecer a conexão do público com a narrativa, que aborda questões sociais e políticas como críticas à natureza humana e à sociedade contemporânea.
A reviravolta impactante do filme Planeta dos Macacos deixa os espectadores perplexos, proporcionando reflexões profundas sobre a condição humana e as consequências de nossas ações. A trilha sonora, magistralmente composta por Jerry Goldsmith, complementa a atmosfera do filme, intensificando os momentos de suspense e drama.
A inversão de papéis, em que os macacos ocupam a posição dominante, é uma crítica a arrogância humana e um desafio a ideia de superioridade. Isso questiona a convicção de que os humanos são a coroa da criação, destacando a volatilidade da posição dominante na hierarquia evolutiva.
A abordagem não linear da evolução, retratando a civilização humana regredindo para um estado primitivo, enfatiza a possibilidade de retrocesso se não aprendermos com nossos erros. O filme oferece críticas sociais à guerra, intolerância e autoritarismo, refletidas na sociedade dos macacos, estratificada e dividida em classes.
A cena reveladora em que Taylor descobre a verdade sobre o destino da Terra é um grito de indignação contra a cegueira e ignorância que podem levar à destruição da humanidade. O personagem de Taylor representa uma visão científica e racional do mundo, simbolizando a importância do pensamento crítico e da busca pela verdade. Sua jornada é simbólica da perda da humanidade, confrontando a essência de sua própria humanidade e a natureza destrutiva da espécie humana.
A alegoria ambiental, embora não seja o tema central, retrata um mundo destruído pelo comportamento humano, ecoando as preocupações contemporâneas sobre as consequências nefastas e destacando a responsabilidade da humanidade na preservação do planeta.
Diretor do filme Planeta dos Macacos
Franklin J. Schaffner (1920-1989) foi um renomado diretor de cinema norte-americano, conhecido por sua carreira de sucesso em Hollywood. Ele nasceu em Tokyo, no Japão, mas cresceu nos Estados Unidos. Schaffner é especialmente reconhecido por dirigir filmes notáveis e variados ao longo de sua carreira.
Alguns dos filmes mais notáveis dirigidos por Franklin J. Schaffner incluem:
- “Planeta dos Macacos” (1968): Este é, talvez, o filme mais conhecido dirigido por Schaffner. A obra de ficção científica tornou-se um clássico e é lembrada por suas reviravoltas impactantes e mensagens sociais e políticas profundas.
- “Patton – Rebelde ou Herói?” (1970): Schaffner dirigiu este épico de guerra, que se concentra na vida do famoso general norte-americano George S. Patton durante a Segunda Guerra Mundial. O filme recebeu vários prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Diretor para Schaffner.
- “Papillon” (1973): Este drama de prisão estrelado por Steve McQueen e Dustin Hoffman é outra contribuição significativa de Schaffner para o cinema. O filme é baseado nas memórias reais de Henri Charrière, um prisioneiro que tenta escapar da Ilha do Diabo, na Guiana Francesa.
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“Nicholas and Alexandra” (1971): Schaffner dirigiu este filme histórico que retrata os últimos dias do czar Nicolau II da Rússia e sua família.
A habilidade de Schaffner em trabalhar em diferentes gêneros e trazer histórias cativantes para o cinema contribuiu para sua reputação como diretor talentoso. Ele faleceu em 1989, mas seu legado continua vivo através de suas obras cinematográficas.
Filme Planeta dos Macacos de 1968
Nota: 8,0